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Desafio das 5 Páginas: apresentação de personagem

Na segunda edição de nossa análise do Desafio, discutimos as melhores formas de apresentar o protagonismo de maneira mais instigante

You Were Never Really Here
"You Were Never Really Here". Imagem: reprodução

Como fazer uma boa apresentação de personagem? Certamente essa não é uma pergunta inédita para você. Agora, se formos pensar nos principais elementos de uma apresentação de personagem, talvez a questão fique um pouco mais complexa.


Vamos reconstruir a pergunta: o que precisamos saber de uma personagem antes da história “começar de fato”? Suas características físicas? Suas ambições? Seus defeitos? Todas essas opções?


Todo mundo fala que é preciso construir personagens complexas e cativantes para que o espectador crie um real engajamento com a trama, mas nem todo mundo nos mostra exatamente o caminho para atingir isso. E não é um caminho tão simples assim.


Por isso mesmo, sentimos que a melhor maneira de tratar desse tema tão importante que é “a apresentação de personagens” é através de exemplos práticos. Sem mais enrolações, vamos aos exemplos da semana, enviados por seguidores do nosso portal que dividiram as 5 primeiras páginas dos seus roteiros para nossas mini-análises.


Juntamente de nossos parceiros, os roteiristas Tiago de Carvalho Ferreira, Ian Perlungieri e Carol Santoian, analisamos o início dos roteiros "O Massacre de Realengo", longa de Magno Pinheiro, "A Promessa", longa de Karlo Oliveira e "Atrás da Tela", longa de Guilherme Petry e Reginaldo Pujol Filho.


O segundo vídeo em parceria com a roteirista e youtuber Carol Santoian já saiu e, nele, ela comenta sobre algumas questões que vamos abordar nesta matéria também. Assista:


Antes de seguir de fato, uma última ressalva: o intuito do Desafio das 5 Páginas é promover mini consultorias, mas principalmente a troca de experiências com profissionais da área. Portanto, vamos reforçar: isso não é um concurso, mas um espaço democrático onde nos inspiramos em roteiros dos nossos leitores para tratar de pontos importantes sobre o nosso ofício. Agora sim, vamos aos exemplos do dia!


"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro

Polytechnique
"Polytechnique". Imagem: reprodução

Muita gente lembra do que aconteceu em Realengo no ano de 2011, quando Wellington Menezes de Oliveira invadiu uma escola disparando contra diversos alunos.


Basear-se em fatos reais para trabalhar um roteiro parece ser um “bom atalho” quando o assunto é “apresentar personagem”. Afinal, partimos de uma figura muitas vezes já conhecida pelo público, que já vem com certa opinião formada sobre.


Embora tenha uma certa verdade aí, esse é um ponto delicado. Uma vez que o público já tem uma opinião formada sobre a pessoa por trás da história, torna-se desafio do roteirista apresentar uma nova perspectiva sobre a mesma.


Ou seja, você não está apresentando uma personagem “no vácuo”, totalmente desconhecida para o espectador. Você está “remodelando a realidade”, a fim de enriquecer a visão do público sobre a tal figura. Por si só, um interessante desafio assumido por Magno Pinheiro no roteiro “O Massacre de Realengo”.


Os comentários da roteirista e colaboradora Carol Santoian nos introduzem ao roteiro:

As cinco primeiras páginas de “Massacre de Realengo” apresentam, de forma eficiente, o protagonista Wellington e informações bem dosadas sobre a trama, que instigam nossa curiosidade. Tudo isso costurado por uma ótima ambientação - com os trens que cortam o subúrbio do Rio de Janeiro - e construção temporal satisfatória e inteligente. - Carol Santoian

Leia um trecho da cena inicial:

"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro
"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro

Já no início, o autor interlaça as duas temporalidades da trama de forma eficiente, trabalhando sempre a apresentação da personagem junto da expectativa sobre o evento. Logo após dessa introdução, a narrativa volta no tempo.


Aí, a nossa opinião é que o recurso in media res* cria já uma perspectiva (e por que não, uma expectativa) em relação ao personagem. Já sabemos que ele vai fazer um ato ruim, mas não sabemos qual. Essa expectativa resulta em um olhar analítico do espectador para o desenvolvimento desse personagem, trazendo naturalmente uma curiosidade muito positiva sobre a história.


Esse recurso, como foi utilizado por Pinheiro, gera um engajamento sem dar o elemento de surpresa em uma bandeja para o público. Podemos citar um exemplo contrário disso: em "Polytechnique" (2009), de Denis Villeneuve, o atirador já inicia o filme contando suas exatas intenções e motivos.


Confira o trecho abaixo (em inglês):


A “aura” que envolve o evento real não deixa a tela por nenhum momento. Aqui, o autor soube utilizar bem esse recurso, conferindo potência dramática até mesmo a ações cotidianas. Em “Massacre do Realengo”, a tensão paira no ar o tempo todo e reforça o tema, tomado pelo discurso sobre a violência. Sobre isso, Carol Santoian comenta:

Essa cena inicial transforma tudo o que veremos a seguir em foco de atenção redobrada. Até mesmo situações cotidianas, como a venda de uma arminha de brinquedo por um ambulante no trem, ajudam a reforçar a trama principal apenas por sugestão. Ao voltar no tempo, passamos a antecipar todas as ações, tentando entender o que nos levará ao episódio de 2011. - Carol Santoian

Confira outro trecho do início de "O Massacre de Realengo":

"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro
"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro

Tiago explica o que acontece na sequência:

Voltamos dez anos e conhecemos Wellington com 14 anos. Enquanto ele caminha próximo ao campo de futebol segurando uma cocada, vemos ações que ocorrem dentro de um vagão de trem. Dentre elas uma com Dona Dicéia, mãe adotiva de Wellington, comprando a cocada que Wellington come. Dona Dicéia tem uma bíblia na bolsa e o jovem que vende a cocada o faz em nome do instituto de recuperação para jovens viciados.

A seguir, Pinheiro alia pequenas sugestões temáticas, como a arma de brinquedo e outros objetos, a uma construção temporal muito única: vemos o resultado na mão de Wellington antes mesmo de ver como aquilo chegou ali.

"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro
"O Massacre de Realengo", de Magno Pinheiro

Sobre isso, Carol Santoian pontua:

As páginas demonstram domínio e segurança do roteirista ao conectar tempos e pessoas diferentes por elementos simples, mas eficientes, como uma cocada. A última página amarra a apresentação e deixa evidente a intenção do roteiro. Se nós já sabemos o que aconteceu, aqui, a proposta é outra: explorar os motivos e acontecimentos que levaram o “medroso” menino Wellington a praticar o massacre de Realengo. - Carol Santoian

Portanto, já fica clara a desafiadora intenção do projeto de tentar compreender a trajetória de um protagonista trágico.


Contudo, Tiago finaliza com uma sugestão:

De modo geral, comparando a cena inaugural com as cenas subsequentes, temos pouca ação. Acredito que os conflitos de Wellington e Dona Dicéia podem ser melhor apresentados, valorizando o que vimos na fala de Wellington na primeira cena e trazendo algum elemento visto nela para as cenas no passado. Por enquanto, nas primeiras cinco páginas, temos que Wellington é um jovem tímido e Dona Dicéia é religiosa. Sendo assim, penso ser importante conhecermos mais a fundo quem são essas personagens, provavelmente os protagonistas do roteiro. - Tiago de Carvalho


* In Media Res: expressão que significa literalmente “começar no meio das coisas”, utilizada quando uma narrativa inicia-se pelo meio e depois volta para o início.


"A Promessa", de Karlo Oliveira

You Were Never Really Here
"You Were Never Really Here". Imagem: The Irish Times

Brincar com a temporalidade já no início de um roteiro é uma estratégia muito interessante e potencialmente enriquecedora. Contudo, é preciso ter cuidado para não confundir o leitor.


No road movie "A Promessa", o roteirista Karlo Oliveira experimenta com as expectativas e características iniciais que as personagens transmitem, bem como o confronto direto com a realidade da trama trazida através de um recurso que muitos roteiristas acabam não tendo coragem de explorar: o flashback.


Leia um trecho inicial:

"A Promessa", de Karlo Oliveira
"A Promessa", de Karlo Oliveira

Carol Santoian nos apresenta o que sucede em seguida:

A partir de pequenos detalhes entendemos que há, na verdade, uma relação familiar a ser resolvida ali. Tais informações, estrategicamente pontuadas, atualizam outros indícios já fornecidos - como aquilo que está “no porta malas!”.

De acordo com ela, "as vozes dos dois personagens são muito distintas e muito bem trabalhadas. Lúcia se apresenta como uma personagem dura e complexa. Mas, quando entramos na história e na estrada com eles, o roteiro faz uma escolha narrativa que desvia o nosso foco e quebra essa construção gradual tão bem feita até então: o uso do flashback".


Leia outro trecho mais adiante:

"A Promessa", de Karlo Oliveira
"A Promessa", de Karlo Oliveira

O uso de flashbacks é assunto para outra matéria, mas já podemos trazer alguns exemplos de construções interessantes. Um deles consta no roteiro de "Você Nunca Esteve Realmente Aqui" (You Were Never Really Here, 2017), de Lynne Ramsay.


Nele, a autora insere flashbacks de uma maneira muito orgânica e nos conta a história do personagem de maneira imagética e também econômica. Ela usa o flashback poeticamente para complementar informações sobre o caráter do protagonista Joe.


Confira um trecho:

Tradução livre:


EXT. BASE MILITAR DOS EUA, KUWAIT - DIA (MEMÓRIA DE JOE)

O sol escaldante do meio-dia.

Uma jovem afegã caminha em direção à câmera com a mão estendida.

Um Joe mais jovem (20 anos, com o rosto jovial, vestindo farda do exército) está do outro lado de uma cerca de arame.

Ele se senta em um banco tosco, bebendo café, comendo um MRE.

Além de Joe, 6 soldados circulam e dançam juntos ao som de um hit pop de 1991 tocando de um veículo estacionado ao fundo.

Ele nota a garota, enfia a mão no bolso e tira uma barra de chocolate.


EXT. KUWAIT DESERT

A garota sorri, barra de chocolate na mão, vira-se de Joe e foge.


EXT. KUWAIT - DEPOIS

Joe ergue os olhos para a árvore solitária onde a garota está sentada à sombra.

UM ADOLESCENTE (15) se aproxima dela - ele está de pé acima dela, com uma mão em frente.

A menina balança a cabeça, “Não”.

O garoto grita algo inaudível para a garota, seu rosto repentinamente agressivo. Ela balança a cabeça novamente, tentando esconder o chocolate nas dobras da saia.

O menino tira uma pistola makarov do bolso - atira na barriga da menina, arranca o chocolate da mão dela e foge.

Uma lenta poça de sangue se forma ao redor da garota enquanto seus pés nus chutam rápida e furtivamente no chão empoeirado.


EXT. BASE MILITAR DOS EUA, KUWAIT - MAIS TARDE AINDA

POV de Joe - as pernas da menina ainda chutam a poeira, mas com lentidão crescente.

CLOSE: os calcanhares da menina chutam intermitentemente na terra abaixo dela - uma pequena vala cavada na areia pelo seu esforço para manter sua vida.



You Were Never Really Here
"You Were Never Really Here". Imagem: The Irish Times

De volta ao "A Promessa", Carol pontua que "esse recurso surge de forma muito prematura no roteiro (e seu uso deve até ser repensado). Os flashbacks, querendo explicar demais, atrapalham o entendimento (eles compreendem tempos diferentes e é preciso uma releitura para compreender o contexto)."


Tiago concorda:

A tensão estoura quando ativa um flashback explicativo que entrega demais: Antônio é o pai de Lúcia e é levado de casa por uma viatura aos 36 anos, observado por Lúcia aos prantos e com raiva. Por fim, estamos no território do drama. De modo geral, as 2 personagens principais são apresentadas de forma eficiente, mas acredito que o conflito entre eles é entregue de forma súbita. Sugiro que essa tensão, instaurada logo que Antônio entra no carro seja mediada de outra forma, sem revelar, por meio de flashbacks, informações que podem ser apresentados em outros momentos do roteiro. Além disso, os flashbacks, acontecem em anos diferentes, o que pode gerar uma confusão no começo do roteiro. - Tiago de Carvalho

Ou seja, esse é um recurso dramático que precisa ser utilizado com muita cautela, já que pode realmente acabar entregando explicações demais. Isso é ainda mais importante quando se trata de uma introdução.


Algo libertador é lembrar que a apresentação do personagem não precisa ser totalmente clara ou didática. Podemos sim ir compreendendo quem são através do contexto, das ações e de suas reações.


Aí, Tiago sugere:

Essa dinâmica de protagonismo, entre Lúcia e Antônio, pode ser melhor aproveitada se conhecermos os personagens pouco a pouco, através de seus atos e diálogos entrecortados para evitar uma exposição excessiva, obrigados a interagir e viajar juntos por sete horas por uma terceira pessoa. Não entregar o motivo inicial da viagem e nem porque Lúcia e Antônio não se dão bem é o combustível dramático para aumentar a potência do conflito que será “cozinhado” cena a cena. Dessa forma, o rancor que Lúcia alimenta por Antônio ter sido preso e abandonar a família pode ser revelado mais para frente da trama, bem como a natureza do diálogo entre Antônio e Doutor Olavo no passado. - Tiago de Carvalho

"Atrás da Tela", de Guilherme Petry e Reginaldo Pujol Filho

O Quarto de Jack
"O Quarto de Jack". Imagem: A24

Como Tiago comenta, "a relação entre universo, ambientação e atmosfera é essencial para a construção de uma narrativa e a costura do conflito externo e interno dos protagonistas." E, como já dissemos antes, a apresentação de uma personagem é muito eficaz se for através da ação, do conflito. Quer entender melhor?


Leia um trecho inicial de "Atrás da Tela", dos roteiristas Guilherme Petry e Reginaldo Pujol Filho:

"Atrás da Tela", de Guilherme Petry e Reginaldo Pujol Filho
"Atrás da Tela", de Guilherme Petry e Reginaldo Pujol Filho

Depois desse momento, Ian Perlungieri explica o que acontece em seguida:

A Mãe canta em espanhol para a Menina até que batidas urgentes interrompem a serenidade na casa. Como o roteiro muito bem especifica, a Menina “olha, apreensiva, cheia de perguntas, para a Mãe”. Como a Menina, não temos ideia do que está acontecendo, o que nos aproxima da personagem e nos convida a ver a trajetória dela como a nossa. A Mãe, por outro lado, com um “rosto duro e decidido”, tem mais informações do que o espectador e exala pressa, fazendo a mala da filha e orientando-a a fugir pela janela o mais rápido possível. A expectativa criada de que estamos na pele da Menina se faz presente e fugimos com ela, ouvindo tiros ao fundo sem uma conclusão do destino da Mãe. - Ian Perlungieri

Aqui, conhecemos a personagem diretamente através do conflito. Os roteiristas utilizam o ponto de vista da personagem como condução, já construindo uma eficiente decupagem implícita. Um belo exemplo desse POV infantil também pode ser encontrado no filme "O Quarto de Jack" (Room, 2015), de Lenny Abrahamson.


Essa condução narrativa econômica nos leva a tecer nossas próprias conclusões sobre quem é essa menina - o que pode ser tanto positivo quanto negativo.


Por um lado, as poucas características e ações que temos acesso já de cara nos conduzem a vê-la como alguém vulnerável que está prestes a embarcar em uma jornada desafiadora. Por outro, caso fosse qualquer outra situação narrativa mais complexa, poderia ser o caso de não termos informações suficientes para sequer desejar acompanhar a personagem.


Portanto, a dica aqui é economizar nas descrições, mas logo depois de escrita a cena, colocar-se na posição do leitor que desconhece a trama e testar a compreensão de quem é aquela personagem e o que ela deseja.

O Quarto de Jack
"O Quarto de Jack". Imagem: reprodução

Tiago aponta:

Em suma, as primeiras cinco páginas do roteiro traduzem bem os sentimentos e ações dos personagens envolvidos, fazendo um uso interessante da ambientação e atmosfera que inicia a trama e o conflito central: a fuga de Menina da casa de campo de uma ameaça masculina e misteriosa que não vemos, mas ouvimos. - Tiago de Carvalho

Como mencionamos no último Desafio das 5 Páginas, o uso do som é essencial na hora de criar clima para a cena. Pode ser um clima de mistério, terror, tensão, mas também de conforto, como é o caso do roteiro “Atrás da Tela”.


Ian afirma que "a sequência em que os barulhos interrompem a paz é instigante. Poderia ser prolongada, mas faz uma boa escolha ao fornecer apenas informações suficientes para despertar tensão. Afinal, como disse Voltaire, 'o segredo para ser entediante é dizer tudo'."


Logo em seguida, no roteiro, entendemos que a protagonista está em fuga. Sobre isso, Ian pontua:

No início da quarta página há uma brusca mudança de tom quando a Menina pega carona na carroceria de um caminhão e depois, em um ônibus, escuta de um Migrante suas expectativas sobre o Brasil. Até então, o projeto parecia se apoiar em uma estrutura característica do suspense ou terror, onde acompanhamos a rotina tranquila das primeiras vítimas até o seu triste fim. Já as páginas quatro e cinco introduzem outra expectativa no leitor, de que ele está prestes a presenciar a difícil adaptação de uma jovem migrante no Brasil, cujo objetivo externo que a protagonista deve conquistar até o fim da história será o de ver o mar pessoalmente. Supondo que o objetivo do projeto seja desenvolver a expectativa que é apresentada nas últimas páginas, sugere-se algumas modificações para deixar o tom do início do projeto mais coeso. - Ian Perlungieri

Os dois roteiristas também aconselham indicar a idade da Menina e da Mãe. Ian diz que "há diferentes potenciais dramatúrgicos se ela tiver seis ou doze anos". Tiago afirma que isso é interessante também "para pontuar se há alguma mudança temporal entre a fuga da casa de tempo para a ida ao Brasil".


Portanto, não se esqueça: apontar uma faixa de idade é importante para uma boa visualização da personagem.


Tiago finaliza sugerindo:

Acredito que para potencializar esse sentimento de perda da Mãe, medo, perseguição e abandono, sugiro incluir, nas cenas seguintes, elementos visuais e sonoros de maior estranhamento para Menina caso a proposta seja seguir com o gênero de suspense e terror. Como, por exemplo, na interação de Menina com a senhora que a ajuda subir na carroceria do caminhão, o migrante no ônibus e a interação entre Coyote e o policial que ela presencia mediada pela janela. Menina está em uma jornada nova, em um país e universo desconhecido e possivelmente perigoso. - Tiago de Carvalho

Como deu para perceber, existem diversas maneiras de apresentar sua personagem: recursos temporais, conflitos, diálogo e muitos outros. A questão mais importante é conseguir transmitir toda a construção de personagem de uma maneira não só temática, como também autoral e instigante.

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