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Conhecendo as convenções do terror

Atualizado: 7 de mai. de 2022

Está criando narrativas aterrorizantes? Saiba como as expectativas convencionais de filmes de terror podem ajudar na estrutura e escrita!

Pânico
"Pânico". Imagem: reprodução

Após anos de cinema, como continuar surpreendendo o público na hora de escrever um filme de terror? Essa é uma pergunta que assola muitos roteiristas. Porém, o que muitas vezes falta é a noção das convenções do gênero e suas variantes, já que essas podem ajudar bastante na hora de construir a narrativa.


Aqui, é preciso cuidado: muitas pessoas confundem convenções com clichês, que não são a mesma coisa. Convenções são estruturas, plot points ou elementos narrativos que já são conhecidos, assimilados e esperados pelo público. A tensão, o susto ou repulsa, por exemplo, são sensações convencionais que um filme de terror causaria. O mesmo vale para certos arquétipos de personagem, ritmo, temas, representações e ambientes.


Já um clichê é uma convenção mal construída, repetida à exaustão ou até mesmo nociva para a sociedade (estereótipos). Um clichê é geralmente a primeira ideia do roteirista ou algo que já está no inconsciente coletivo há muito tempo, nunca sendo atualizado ou melhor desenvolvido.


Assim fica fácil entender que convenções caracterizam um gênero. Espectadores já esperam enxergá-las num filme com gêneros bem demarcados e podem se frustrar ou se confundir sem elas.

“Convenções de gênero são a rima do roteirista. Elas não atrapalham a criatividade, elas a inspiram. O desafio é manter as convenções e evitar os clichês.” - Robert McKee.

Vamos refletir e conhecer um pouco das características convencionais de filmes de terror?


Utilizando a estrutura do terror a seu favor

As Boas Maneiras
"As Boas Maneiras". Imagem: reprodução

Primeiramente, qualquer roteiro precisa partir de certos alicerces. Os principais são: tema, protagonista com desejos e necessidades, conflito e conhecimento de estrutura narrativa. Com o terror (ou horror) isso não é diferente. É preciso pensar o gênero como uma abordagem da sua história, ou um modo de contá-la, desconstruindo alguns mitos sobre ele.


Qual é seu tipo de terror?


Para além dos vários subgêneros, é importante definir bem qual a abordagem aterrorizante que sua história irá apresentar. É um suspense psicológico? É um body horror explícito? É uma tragédia monstruosa? Essa clareza também é importante na hora de pitchs ou de vender seu projeto.


"Numa cena dramática de ódio e crueldade, vemos o ódio e a crueldade - que sabemos serem coisas reais e permanentes na vida humana - pela ótica da imaginação. O que a imaginação inculca é o horror: não o horror paralisante e nauseante dum arrancar de olhos, mas um horror exuberante, alimentado pela energia do repúdio. O que temos aí é uma poderosa representação daquilo que não queremos para a nossa vida." - Northrop Frye, "A Imaginação Educada"

Será que, ao invés do monstro degolar o sujeito, não seria mais inusitado persegui-lo pela floresta e nunca aparecer? Ou então, ao i