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Os principais desafios dos roteiristas brasileiros

Conversamos com três roteiristas em estágios diferentes da carreira para entender seus caminhos, conquistas e angústias


Imagem: Shutter Stock

Ser roteirista no Brasil tem suas dificuldades, não é mesmo? Isso faz com que não exista um caminho muito claro para “chegar lá”. Cada vez mais percebemos que alcançar um lugar no mercado audiovisual depende de muitas variáveis e acontece de diferentes formas. O que faz esse caminho tão difícil? Será que é só ser bom naquilo que fazemos? Qual o peso do networking e das premiações em concursos? Se você já se perguntou alguma dessas questões pelo menos uma vez na vida, continue acompanhando esse texto. Tivemos o prazer de conversar com três roteiristas diferentes, cada um na sua própria fase no mercado audiovisual. O objetivo é entender como foi o caminho de cada um, o que precisa mudar na indústria audiovisual e que dúvidas restam para o futuro. Para complementar todo esse papo, teremos ainda a contribuição da produtora executiva Laura Barzotto, que atualmente trabalha na Abrolhos Filmes (São Paulo). Esse é o primeiro de uma série de conteúdos que pensamos junto com a Laura, abordando assuntos pertinentes sobre roteristas e o mercado de trabalho. Então fique ligado que em breve vai ter muitos conteúdos complementares no instagram da Laura!


Os diferentes caminhos dos roteiristas


Leonardo Ortiz - Imagem: Leonardo Ortiz

Leonardo Ortiz, roteirista e editor de livros, construiu seu caminho no audiovisual de forma muito própria. Formado em Editoração pela USP, Ortiz já tem 10 anos de experiência no mercado editorial. Também formado em Audiovisual pela ECA (USP), Leonardo deu seu primeiro passo na área trabalhando em uma empresa parceira de um banco, em um programa de inovação que trazia como proposta prestar consultoria de comunicação para startups.

“Eu acho que preparação de texto é muito interessante para o roteirista porque é uma coisa que te ensina a pesquisar. Dentro da preparação de texto, por exemplo, se está lá escrito que a Primeira Guerra Mundial aconteceu de 1914 a 1918 na Europa, você enquanto preparador de texto vai pesquisar se o conflito chamava Primeira Guerra Mundial mesmo, se aconteceu na Europa ou em outros lugares do mundo, se foi de 1914 a 1918 mesmo…” -Leonardo Ortiz

Ortiz acredita que a experiência com preparação de texto e pesquisa conferiu algumas vantagens profissionais para o seu trabalho no audiovisual, dialogando principalmente com o tipo de processo que ele prefere como roteirista. “As pesquisas ajudam no roteiro - vão desde datas, notícias antigas de jornal, até efeitos de remédios porque um personagem precisa matar o outro, por exemplo. O mundo da editoração, nesse sentido, me serviu muito para o audiovisual”, explica o próprio Leonardo. Há um pouco mais de 1 ano, Leonardo Ortiz entrou na produtora O2 Filmes e hoje faz parte de alguns projetos da casa, onde trabalha principalmente no desenvolvimento do software de roteiro Teksto, que lançará em breve no mercado. Em suas palavras, “não só um software de desenvolvimento de roteiros, mas um software de desenvolvimento criativo”.

“O que eu faço é estudar teorias de roteiro e pensar junto com os programadores o que a gente pode programar e transformar em ferramentas virtuai