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"O Cangaceiro do Futuro" - estruturando o episódio 3, com Paulo Leierer

Roteirista do novo lançamento de comédia da Netflix, Paulo Leierer divide informações sobre o processo de construção de um dos episódios da série


Imagem: divulgação/Netflix

"O Cangaceiro do Futuro", nova série brasileira de comédia da Netflix, foi lançada no dia 25 de dezembro de 2022 e apresenta um elenco de peso, com nomes como Edmilson Filho, Chandelly Braz, Dudu Azevedo e Fábio Lago, entre outros. A série foi criada por Halder Gomes e teve como chefe de sala Chico Amorim, que também assinam os roteiros junto de Paulo Leierer, Clara Deak e Lucas Rosa.


Na trama, Virguley (Edmilson Filho) é um "cabra frouxo" e sem moral, que sonha sair do sufoco que vive em São Paulo e voltar rico para o Nordeste. Seu plano para ganhar uma grana extra envolve usar sua semelhança com Lampoão para fazer shows em praças públicas. Depois de uma das muitas confusões que acontecem na vida de Virguley, ele leva um tapa tão forte que acaba fazendo uma viagem no tempo, aterrizando em 1927 - justamente a época do cangaço. Confundido pela população com o próprio Lampião, Virguley logo começa a tirar proveito da situação... Até esbarrar com o verdadeiro!


Paulo Leierer, roteirista da série, divide um pouco do processo de construção do episódio 3, assinado por ele, Chico Amorim e Halder Gomes. Esse post começa lá no Linkedin do roteirista e você o lê aqui na íntegra.


Estruturando "O Cangaceiro do Futuro", por Paulo Leierer



Oi pessoal, queria aproveitar o espaço aqui pra, além da promoção pessoal, dividir algumas escolhas que nortearam a escrita dos episódios que escrevi do "O Cangaceiro do Futuro". Sinto que há pouco material sobre o assunto, e espero que ajude de alguma forma.


Hoje, o foco vai ser o Episódio 3, que escrevi em parceria com o Chico Amorim e o Halder Gomes. Pessoalmente senti que ele teve uma fluidez muito boa. Enquanto a gente estava estruturando a história, ficava muito de olho no que o Aristóteles já chamava lá atrás de "Unidade de Ação", que nada mais é do que usar uma mesma ação, e suas consequências, para motivar a abertura de novas cenas. Parece simples, e talvez seja, mas é fácil cair na armadilha de abrir muitas lateralidades no roteiro e perder o foco.


Uma coisa importantíssima ao se pensar na unidade da ação, sobretudo nas comédias, é ter em mente o