O roteirista e professor Ricardo Tiezzi, que assina trabalhos como “Malhação” e “Julie e Os Fantasmas”, reflete sobre as responsabilidades e desafios de chefiar uma sala de roteiro
Como roteiristas, aprendemos que a melhor maneira de entrar no competitivo mercado do audiovisual é produzindo seus projetos e circulando por eventos, como rodadas de negócios, concursos de roteiro, festivais, etc.
Basta circular por qualquer evento de roteiro que você encontra uma infinidade de autores com seus projetos de série, procurando parceiros que confiem o suficiente no seu talento para investir recursos em erguer aquele universo promissor.
No melhor dos casos (e normalmente depois de muito esforço), aquele projeto de série se torna real, levando o roteirista a um novo desafio: montar uma sala de roteiro e concretizar tudo aquilo que, até então, existe apenas no distante universo das intenções.
A verdade é que chefiar uma sala de roteiro envolve muito trabalho, responsabilidade e conhecimentos específicos, um processo diferente de simplesmente participar como colaborador. O que é preciso para ser um bom roteirista-chefe? Quais são os maiores desafios de uma sala de roteiro? Existe diferença, no Brasil, entre roteirista-chefe e showrunner?
Para entender essas e tantas outras questões, conversamos com o roteirista e professor de roteiro Ricardo Tiezzi, que coleciona experiências no audiovisual, ocupando tanto a cadeira de roteirista colaborador quanto a de roteirista-chefe. Antes de qualquer coisa, vamos entender melhor a carreira de Ricardo e como ele trilhou seu caminho no audiovisual.
Quem é Ricardo Tiezzi?
Escritor, roteirista e jornalista, Ricardo Tiezzi tem uma carreira bem diversa no audiovisual. Escreveu o roteiros dos filmes “Qualquer Gato Vira Lata” (2011), “Superpai” (2015) e “O Outro Lado do Paraíso”, que recebeu o prêmio do Júri Popular no Festival de Gramado.
Na TV, os destaques vão para o programa “Malhação” (Globo), com a temporada que concorreu ao prêmio Emmy Kids, “Julie e Os Fantasmas” (Band/Nickelodeon), indicada ao Emmy Internacional, “A Vida de Rafinha Bastos” (Fox), a animação “Sítio do Picapau Amarelo” (Globo), entre tantos outros trabalhos.
Além de um grande leque de projetos, Tiezzi também é professor da pós-graduação em Roteiro para Cinema e Televisão da FAAP e ministra alguns cursos dedicados a roteiro em instituições de prestígio como a Roteiraria.
Como tudo começou?
Hoje Ricardo Tiezzi acumula experiências como roteirista integrante e roteirista-chefe de diferentes projetos para canais abertos e fechados, mas como tudo isso começou? Tiezzi revela que começou como jornalista, mas “não era aquela paixão avassaladora”.
“Eu lembro um dia em que o meu editor me chamou e disse que eu inventava um pouco demais, que eu ficcionalizava. Aquilo me chamou a atenção. Então com 31 anos eu decidi mudar de carreira e ir para um lugar que eu me sentisse mais inteiro”, comenta Tiezzi sobre a decisão de investir na carreira como roteirista, completando: “o jornalismo te traz um senso de vida real, um gosto pelas histórias da vida e isso ajuda muito”.
Tiezzi foi imediatamente estudar, principalmente com o apoio dos cursos livres que existiam na época. Por isso, segundo ele, acabou se tornando “tão militante da formação”. “Na época existiam cursos livres vinculados à USP em uma entidade chamada Educine - quem promovia era o Newton Cannito, que está aí até hoje”.
Ele relata que na época o curso fez uma parceria com a produtora O2, propondo aos alunos o desenvolvimento de um roteiro spec (speculative screenplay) que, segundo Tiezzi, “até hoje é ”. Era um capítulo da série "Cidade dos Homens" (Globo), produzia pela própria O2.
A oportunidade de criar um spec para "Cidades dos Homens" levou Ricardo Tiezzi a estudar mais sobre o roteiro e suas questões estruturais, assumindo aquela como uma das raras chances na época de emplacar uma carreira como roteirista.
“Eu lembro que a gente teve uma reunião na O2, foi uma super emoção. Chegar lá e ver o dono da produtora se apresentar - ‘prazer, Fernando [Meirelles] - e eu disse ‘eu sei quem é o Fernando Meirelles’. Era na época do Cidade de Deus, que foi um ponto de virada”. - Ricardo Tiezzi
Tiezzi não venceu o concurso, mas conquistou um certo destaque, o que lhe rendeu o direito de participar das reuniões com o pessoal da produtora. “Na saída do concurso os caras do grupo falaram que tinha uma galera de fora chegando aí querendo fazer sitcom, não se conformavam que não tinha sitcom no Brasil”.
Foi assim que Ricardo Tiezzi foi ao Rio de Janeiro formar a sala de roteiro de “Mano a Mano”, sitcom brasileiro produzido e exibido pela RedeTV. Uma experiência histórica, segundo Tiezzi, que traz a informação:
“Saiu uma dissertação na USP que afirma que ‘Mano a Mano’ foi a primeira sala de escritores no Brasil. Tá registrado lá na tese! É muito diferente de simplesmente trabalhar em conjunto. Sala de roteiro tem método, sistema, ética…”
De lá para cá, segundo o próprio roteirista, “uma coisa vai puxando a outra”. Embora mantenha um bom fluxo de projetos, ele deixa um recado importante sobre a situação do audiovisual brasileiro:
“Hoje nós vivemos uma eterna crise. É difícil chegar em uma sala de roteiro, é difícil chegar no mercado, mas antes eu garanto que era pior. Qualquer fresta era fresta”. - Ricardo Tiezzi
Entendendo melhor o começo da jornada de Ricardo Tiezzi no meio audiovisual, vamos agora às principais reflexões sobre a sala de roteiro da perspectiva de um roteirista-chefe.
A sala de roteiro e a nova realidade audiovisual brasileira
“Eu brinco em qualquer playground. Trazendo um universo para mim, vamos nessa”, começa Tiezzi, revelando a flexibilidade que um roteirista deve ter se quiser colaborar com uma cartela diversa de projetos.
“Às vezes o roteirista quer encontrar a história certa. A história certa é a quinta ou a sexta. Você escreve uma, escreve duas, três, até chegar lá”, reflete. Disposição e boa adaptação a universos alheios são requisitos essenciais para um roteirista que busca desbravar o mercado audiovisual. Segundo Tiezzi, parte do seu prazer na escrita é justamente adquirido através dessa imersão em um universo que nem sempre dialoga com a sua zona de conforto.
“Tem uma piada clássica que diz: a arte é difícil, mas ainda é melhor do que trabalhar”, brinca Ricardo, dando um fechamento para o seu raciocínio com um comentário leve e irônico. Diante disso tudo, como anda a disposição do mercado em receber projetos e investir em desenvolvimento? Com o congelamento das políticas públicas para o audiovisual, sabemos que muita coisa mudou.
“Eu tenho seis séries espalhadas por aí nas produtoras, algumas já chegaram em canais. Eu sou da ordem de fazer dez filhos para que um dê certo”. - Ricardo Tiezzi
Essa equação não está longe da realidade. Com uma formação cada vez maior de roteiristas, esse já saturado mercado audiovisual mudou sua perspectiva diante dos autores. Tiezzi afirma que as produtoras não dão a mesma atenção aos roteiristas, como era há poucos anos atrás, graças às diversas linhas de fomento da época que dependiam de projetos originais.
Por outro lado, essa nova onda de grupos, núcleos de criação e canais de informação acaba formando profissionais mais preparados e atentos às peculiaridades do mercado audiovisual. Ricardo Tiezzi comenta a situação: “as coisas mudaram, eu chego nas produtoras e muitas das pessoas ali são alunos que tiveram aula comigo”.
É claro, nem tudo é estratégia nessa vida de roteirista. Aliás, muito mais do que contribuir para a visão alheia, a vontade de ver uma série com a sua cara passando na telinha é muito maior!
“Eu tenho muita vontade de escrever séries das quais eu sou público. Fitzgerald tem uma frase muito bacana… Ele passou um longo período sem produzir nada, então perguntaram o que faltava para ele voltar a escrever algo. Ele respondeu que o que faltava era um sentimento que ele entendesse. É interessante escrever sobre algo que você entenda, mesmo que não seja bem o seu mundo”. - Ricardo Tiezzi
Tiezzi cita um exemplo que ele admira na produção atual - a série “Sob Pressão” (Globo). “Passei na frente da televisão e vi a primeira cena, nunca mais parei”, revela.
As responsabilidades de uma sala de roteiro
“A gente acha que a série brota por inspiração e talento dos seus escritores. Tem isso, mas é método. O sistema é que faz a série”, Ricardo Tiezzi dá início à reflexão sobre responsabilidades e o lugar da inspiração em uma sala de roteiro. Quando Tiezzi fala em “sistema”, o que ele de fato quer dizer?
“O sistema significa: se a gente juntar seis roteiristas em uma sala e a gente contar com o talento individual de cada um… Dá seis. Só que na verdade o talento de um é exponencializado pelo outro. O método da sala não envolve seis pessoas falando separadamente. É um grupo de seis falando junto. É muito diferente pensar de um jeito ou de outro”. - Ricardo Tiezzi
Em uma sala de roteiro, as relações humanas dependem desse sistema, da criação de regras que estabelecem o método, ainda mais considerando processos longos que possivelmente podem desgastar um pouco as pessoas. Pensando nisso, coisas que parecem detalhes precisam ser bem estabelecidas para que a roda não pare.
Como funciona a crítica a uma ideia alheia em um sistema assim? Ricardo Tiezzi lança uma luz sobre a questão:
“Todas as salas em que você ouve a locução ‘mas aí não rola, mas aí não funciona', essa sala não vai para frente. Tem muito mais zagueiro do que atacante”. Sendo assim, o que é preciso ser feito para que a sala funcione? Tiezzi continua: “a sala que funciona na base do ‘e se’, nem que seja para bater a cabeça lá na frente, isso sim é produtivo - você vai abrindo a ideia”.
Existe um valor em apontar os problemas de uma ideia abrindo um novo caminho e não simplesmente castrando o processo lógico do grupo. Uma sala de roteiro precisa produzir, ir para frente. Tudo o que levar o processo à estaca zero deve ser evitado. Segundo Tiezzi, o método “e se” abre um leque de escolhas e isso é um resultado positivo em uma sala de roteiro.
“No fundo, a tua função não é dizer que a piada não tem graça e que a ideia não funciona. Muitos roteiristas pensam que sua função é essa ou fazem porque é mais confortável. É muito mais confortável achar problema do que encontrar solução. Pensando em uma metáfora futebolística… Tirar a bola é uma coisa, mas o gol é uma exceção. Você está lá para o gol”. - Ricardo Tiezzi
A metáfora futebolística funciona: tirar a bola não conta ponto. Juntos, todos em uma sala de roteiro trabalham para chegar no “gol”. Ou, como o próprio roteirista resume: “o seu trabalho começa na hora em que você tenta consertar e não derrubar”.
Como todo sistema bem articulado, a noção de “produtividade individual” pode nos levar a frustrações erradas. Para pontuar a questão, Tiezzi comenta uma história de um colega de trabalho que ficou chateado com o seu “rendimento individual” em uma sala de roteiro. De acordo com Tiezzi, o colega fez uma estatística que apontava que das 50 ideias que ele deu durante uma semana de trabalho, o aproveitamento foi de 12%. “Eu falei ‘tá ótimo’, no fundo é dez para um mesmo”, completa.
Quem é o dono da ideia? A resposta é simples: a ideia não tem dono. Ricardo explica que há um modelo de construção, pois “um se aproveita do discurso que já vinha sendo construído”. Uma pessoa sugere um tema, outra uma ambientação, então um terceiro constrói o motivo e assim vai.
Para encerrar o ponto, trazemos uma frase do roteirista David França Mendes, extraída do seu texto “Sala de roteiro, como funciona e o que não funciona (ainda)”, publicado no site da ABRA:
“Numa sala de roteiro o que se faz é construir os beats que compõem a trama de um episódio”. - David França Mendes
Beat a beat, ideia a ideia, a trama é formada coletivamente. O grande regente de todo esse processo é justamente o roteirista-chefe, que tem responsabilidades próprias (e muita dor de cabeça também).
O papel do roteirista-chefe
Imagine um monte de gente em uma mesma sala por meses, tratando apenas do mesmo assunto. Agora se coloque na posição da pessoa que tem como função guiar todo esse processo. Até onde a gente consegue deixar a nossa vida, nossas inimizades, nossos problemas de lado?
“A gente não importa, a nossa vida fica em segundo plano. O que importa é a história. É bom para a história, mas não é assim que eu vejo as coisas? Não somos nós, é como a personagem vê as coisas. A história está muito acima da vaidade de qualquer um”. - Ricardo Tiezzi
Para manter a produtividade da sala, é importante descomplicar algumas questões. “Criar é muito mais solucionar problema, como uma equação, do que aquela coisa selvagem e intuitiva que vem do nada”, responde Tiezzi sobre o processo criativo em si em uma sala de roteiro. Em relação às responsabilidades, ele traz um panorama prático para compreendermos a mente do roteirista-chefe nesse sistema:
“Ele precisa saber como a personagem está naquele momento do roteiro, se é uma curva de subida, uma curva de descida, compreender o desenho geral da série… Se ele montar toda essa equação, ele vai facilitar a resposta. Às vezes a sala é toda contra, mas o roteirista-chefe afirma - ‘vai na minha’. E tem que ir na dele mesmo porque lá na frente, se a cabeça rolar, vai ser a dele. Então é como um juíz mesmo”. - Ricardo Tiezzi
Independente dos ânimos do resto da sala, é preciso ter alguém que, no final do dia, “diga que a escolha é essa e o caminho é esse, para a sala poder ir para a próxima equação”. Certamente, nem sempre é tudo tão simples assim. Ricardo Tiezzi fala sobre o momento de resistência às decisões do roteirista-chefe:
“A sala às vezes fica resistente aos caminhos. Tem que confiar no headwriter [roteirista-chefe]. Como membro da sala, eu preciso acreditar no novo caminho dele tanto quanto eu acreditava no antigo. Eu já cansei de ver coisa que na sala diziam ‘isso não vai funcionar’. Daí vai ao ar e funciona. Assim como eu já vi o oposto também. Alguém tem que chamar a responsabilidade para si, isso é o que o headwriter tem que fazer”.
No meio disso tudo, há uma responsabilidade que ele questiona: motivar a sala de roteiro. Segundo o autor, não é bem assim, não. Ricardo Tiezzi propõe que o papel do roteirista-chefe não é “motivar a sala”, mas que “a motivação dos membros tem que vir deles”. “Se o cara tá em uma sala de roteiro, a motivação tem que ser dele. Ele tem que chegar na sala de manhã dizendo que sonhou com a série e sugerindo ideia”, completa.
Escrevendo para a audiência
Grandes projetos, grandes responsabilidades. Com passagem por canais como Fox, Sony e Globo, Tiezzi compartilha o papel da audiência no seu processo criativo: “a experiência da Globo me deu muito essa noção de que o público é o que importa, só que o público lá é o Brasil inteiro”.
Com uma lógica diferente e um sistema sustentado por assinatura, a situação dos streamings é diferente. “Essa lógica da audiência não faz sentido para um streaming, você vai fazer uma série com muito menos, mas a série se destaca, a série ganha prêmio”, comenta Tiezzi, que reforça um recado essencial: “nesse caso, o headwriter está mais preocupado em construir uma série consistente”.
Muito mais do que a audiência, existem outras preocupações mais recorrentes na cabeça de um líder de sala de roteiro:
“Eu já passei pela experiência de estar de um lado e do outro. O autor ou roteirista-chefe, não importa o dia, a verdade é uma só: ele tá ferrado naquele dia. Não é só a audiência. Ele tá com o canal em um ouvido, a produtora em outro ouvido, os problemas da série, ele precisa cuidar da sala… Se a sala for mais um problema para ele, ferrou”. - Ricardo Tiezzi
Para Tiezzi, a grande vantagem da TV aberta é a experiência de que a jogada que mais importa é sempre a próxima. “A TV aberta te dá uma experiência de dizer: ‘nossa, hoje eu escrevi um capítulo muito bom’. Beleza, agora escreve mais um. No outro dia o episódio não foi tão bom… Não tem problema, escreve outro! A resposta é sempre escrever outro capítulo”.
Sendo assim, quando falamos em “público”, qual é o ponto que realmente importa para o roteirista? Tiezzi afirma que o que importa mesmo é a comunicação com um determinado público, um nicho.
“Comunicar com um público em um filme pode ser 1 milhão, 2 milhões, pode ser 200 mil pessoas. ‘O Cheiro do Ralo’, por exemplo, fez mais ou menos 80 mil espectadores, mas encontrou o seu público. Eu falo do filme e as pessoas lembram”. - Ricardo Tiezzi
Cada produto foi feito para um determinado público e a ideia de sucesso de audiência, da mesma forma, se torna uma questão relativa. Sem essa ideia relativa, perderíamos toda uma variedade de produtos que atingem um determinado público, mesmo que menor.
“Garante esse ponto de audiência, mas faz um produto que vai ser lembrado, vai ser comentado, vai ser indicado para prêmios importantes”, afirma Ricardo Tiezzi.
Showrunner x roteirista-chefe
É hora de tratar de uma dúvida frequente. No cenário brasileiro, alguns termos vem se popularizando. Um deles é o showrunner, diretamente importado da indústria hollywoodiana, mas adaptado ainda de forma confusa à realidade brasileira. Sendo assim, lançamos o questionamento: no Brasil existe uma real diferença entre showrunner e roteirista-chefe?
“O headwriter é uma figura que já está estabelecida aqui que é esse cara que comanda a sala. Mas ele não é o dono do projeto no sentido contratual. Quem dá a última palavra é o showrunner”. - Ricardo Tiezzi
Dito isso, Tiezzi aponta as diferenças e afirma que não há exatamente uma figura de showrunner no Brasil ainda, mas algumas adaptações e às vezes divisões de responsabilidades.
“Essa figura não existe aqui. O showrunner tem que entender de montagem, tem que entender de direção… Ele tá acima da direção, ele tá acima da produção. Ele coordena a produção”, responde, revelando que as responsabilidades de um showrunner vão dos detalhes da trama às planilhas de produção executiva. Para Tiezzi, o mais próximo que temos de um showrunner no cenário brasileiro é a figura do autor de novela da Globo.
“Não adianta botar o crachá que diz ‘showrunner’. O showrunner ainda é uma bola dividida entre o criador da série, o produtor e o diretor. O showrunner tá 30% para cada um ainda”. - Ricardo Tiezzi
É preciso solidificar a indústria audiovisual no Brasil para encontrarmos figuras como o showrunner, enquanto o papel do roteirista-chefe já é algo muito claro.
O que um roteirista precisa para chefiar uma sala?
Você que tem um projeto e sonha em chefiar uma sala de roteiro, possivelmente está se perguntando agora: como eu chego lá? Ricardo Tiezzi dá sua opinião sobre as qualidades e experiência necessárias para formar um roteirista-chefe.
“Tem que ter passado várias vezes como membro de sala de roteiro”, começa, reforçando o papel de desenvolver bem as relações humanas e, principalmente, da resiliência para lidar com os problemas do dia a dia.
“Principalmente ter a noção de que a personagem e a história são o foco”, finaliza Tiezzi, que sublinha bastante o papel de colocarmos a história acima dos nosso conflitos dentro e fora da sala.
No fim das contas, chefiar uma sala de roteiro vem com grandes responsabilidades. Você precisa manter a roda girando, produzir boas páginas e, se possível, garantir um resultado que renda bons frutos para todos (com um contrato para uma nova temporada, de preferência).
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